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sábado, 23 de julho de 2011

Introdução à Movimentos de Massa

A formação e dinâmica do relevo relaciona-se tanto à interação de variáveis endógenas, como o tipo e estrutura das rochas e as atividades tectônicas, quanto exógenas, como as variáveis climáticas, atuação de fauna e flora e etc. Como parte dessa dinâmica ocorrem os processos de vertente, entre os quais, os movimentos de massa, que envolvem o desprendimento e transporte de solo e/ou mineral rochoso vertente abaixo. A mobilização de material deve-se à sua condição de instabilidade, devido à atuação da gravidade, podendo ser acelerada pela ação de outros agentes, como a água. O deslocamento de material ocorre em diferentes escalas e velocidades, variando de rastejamentos a movimentos muito rápidos.

Assim como todos os materiais da Terra, o material desagregado das rochas e o regolito (ou manto de alteração) formado pela ação do intemperismo sofrem a ação continua da gravidade. Enquanto a rocha sã é normalmente resistente a ação desta força constante, o regolito é passível de ser movimenta de forma relativamente fácil pela gravidade. Aos movimentos de rocha desagregada e regolito por ação da gravidade dá-se o nome de Movimentos de Massa. Esse é o principal processo de retirada do material liberado pelo intemperismo para sua posterior incorporação pelos agentes transportadores.

Os movimentos rápido, denominados genericamente de deslizamentos e tombamentos, têm grande importância, devido à sua interação com as atividades antrópicas e à variabilidade de causas e mecanismos (IPT, 1989; Fernandes e Amaral, 1996).

Fatores que influenciam a dinâmica das encostas

A estabilidade ou instabilidade de um encosta depende de um conjunto da interação de um conjunto de fatores. O ângulo de repouso, ou seja, o maior ângulo de inclinação em que o material na encosta permanecerá estático sem rolar morro a abaixo, é definido principalmente pelos seguintes fatores: natureza do material na encosta, a quantidade de água infiltrada nos materiais, a inclinação da encosta e presença de vegetação.

Em materiais inconsolidados o ângulo de repouso médio é de aproximadamente 30°, mas o valor deste ângulo varia em função do tamanho, forma e grau de seleção do material. Em termos gerais pode-se dizer que o ângulo é maior quanto maior tamanho de grau do material, quanto mais irregular a formação dos grãos e quanto menor o grau de seleção. A estabilidade de encostas com materiais consolidados depende de outros fatores, como estrutura da rocha (fraturas, acamamento, etc.) e posição das estruturas em relação ao relevo. Além do tipo de material, outro fator que altera o ângulo de repouso das encostas é a quantidade de água infiltrada no regolito.